tag:blogger.com,1999:blog-55774992024-03-14T05:32:56.658+00:00Outros dias existem muitos de qualquer maneira, digamos que não.Sergiohttp://www.blogger.com/profile/13027882073511248280noreply@blogger.comBlogger148125tag:blogger.com,1999:blog-5577499.post-69087050898660666022022-10-12T23:39:00.002+01:002022-10-12T23:39:25.029+01:00NoitesAs noites tornam-se mais longas com a mente a sobrevoar o tempo em que estás.Fazemos experiências em como tornar o coração mais breve e calmo, perseguimos sorrisos que teimaste em não tornar temporários e A procura cada vez se torna mais disforme e demorada.Saltamos músicas na memória e percorremos todos os quilómetros até à tua face - tão bela E mesmo sabendo que a febre que te invade Sergiohttp://www.blogger.com/profile/13027882073511248280noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-5577499.post-33839116144251265202016-12-04T04:10:00.003+00:002016-12-04T04:10:29.283+00:00Rewind.Por vezes, descobrimos aquela música que nos faz apenas sentir.
descobrimo-la por acaso, ao ver um quaquer programa na tv ou prescrutando a rádio ao acaso e ela simplesmente
surge.
Pensamos "parece que foi de propósito" e talvez tenha sido. Provavelmente foi porque, quando damos por nós,
os joelhos começam a deambular sozinhos e aleatoriamente; a cabeça começa a exercer um movimento
repetitivoSergiohttp://www.blogger.com/profile/13027882073511248280noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-5577499.post-39723871045242470962015-05-09T22:16:00.001+01:002015-05-09T22:16:12.739+01:00Coincidência.Não foi de rompante. Não foi sem aviso.
Aos poucos, foste invadindo as paredes e vestindo-as de regresso anunciado.
hoje conheci os filhos dos outros. tive-os no colo, fiz-lhes o cavalinho e gatinhei com eles, devagar. Construimos castelos e falámos em línguas indecifráveis, mas falámos
e julgo que estava com o rosto sereno que sempre conseguiste ver em mim.
Faltam apenas algumas horas para Sergiohttp://www.blogger.com/profile/13027882073511248280noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5577499.post-72824346002607805762015-05-04T22:22:00.001+01:002015-05-04T22:22:50.599+01:00Norte.não há nada a dizer quando o teu ser anónimo se assoma à janela para espreitar.
nada há a ver a não ser paredes que um dia tiveram um sítio para onde ir e sorrisos para lhes pendurar, com nomes e desenhos de cidades longínquas.
olhei imensas vezes para as palavras que pintaste na minha pele, para a fotografia que tiraste
comigo ainda a dormir
como que a tentares aprisionar o meu peito Sergiohttp://www.blogger.com/profile/13027882073511248280noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5577499.post-3745980693892830842015-04-15T04:41:00.000+01:002015-04-15T04:41:03.703+01:00SI
não esperava que estivesses aí, ainda.
sempre pensei que o teu olhar se desviara, finalmente.
sempre pensei que o teu odor adocicado se afastara, de uma vez por todas, dos meus sentidos.
durante muito tempo, marquei no calendário a data do teu retorno e, no principio de cada ano, num dia muito específico, olhava para o céu à espera que nevasse - sempre nevou enquanto soubeste o meu nome.
Sergiohttp://www.blogger.com/profile/13027882073511248280noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5577499.post-45094649748091911922015-04-11T04:21:00.003+01:002015-04-11T04:21:47.718+01:00fui obrigado a acordar, de rompante.
obriguei-me a abrir os olhos, levantar a cabeça e a escrever.
Quis relembrar como se nunca me houvera esquecido de quem foste, como se ainda tivesse o teu rosto pousado nas minhas mãos, a escrever os dias que viriam, a cada momento.
Quase consigo viver novamente aquele olhar mágico e indelével que tinhas para mim, como se não houvesse ar para respirar sem Sergiohttp://www.blogger.com/profile/13027882073511248280noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5577499.post-11331127641777534352015-04-09T03:44:00.001+01:002015-04-09T03:44:30.962+01:00leão.vim embora sem olhar para trás.
pensei em escrever-te assim que saí. pensei em saber de ti e tentar ouvir novamente aquele nome que me chamavas, de forma tão carinhosa.
lembrei-me depois das mensagens anónimas que me deixaste. tentei visualizar o que disseste, mas não fui capaz
tal como o teu rosto
sei agora que o meu sorriso é feito de momentos: o teu cabelo ao vento, a música a tocar no Sergiohttp://www.blogger.com/profile/13027882073511248280noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5577499.post-14745120360832162312014-08-11T23:38:00.002+01:002014-08-11T23:38:43.470+01:00A dada altura, parece-nos a melhor escolha.
Naquele momento, parece que o sorriso vai voltar e tudo vai ficar bem, quando cruzarmos a porta para não voltarmos mais.
tudo nos parece melhor do que aquilo que temos.
e eis que se nos depara o mal do mundo: a escolha.
decidir ir ou ficar. partir ou deixarmo-nos estar. e por esta altura o peito já dói demasiado para ignorar.
a boca já está seca Sergiohttp://www.blogger.com/profile/13027882073511248280noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5577499.post-25959521637671025322014-06-16T00:42:00.000+01:002014-06-16T00:42:25.198+01:00voltarSei como é andar na rua sem ter um sítio para ir. e apenas saímos de casa porque nada há lá que nos segure.
Lembro-me de há uns anos ter um rosto de sorriso fácil. e também de quando deixei de o ter.
foi mais ou menos por essa altura que as paredes ruíram e o calor do corpo substituiu o calor do sorriso.
passaram.-se anos sem que sentisse novamente os lábios abrirem como se fossem Sergiohttp://www.blogger.com/profile/13027882073511248280noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5577499.post-54800597314137452392014-05-18T04:57:00.001+01:002014-05-18T04:57:57.899+01:00o lado errado.
há momentos em que a nossa voz vagueia e imagina como seria um outro mundo, um sítio onde
conseguíssemos diluir-nos sem medos ou poder simplesmente tornar nossa a ebriedade do mundo
e possuir-.me, nomear-.me e não esquecer quem fui ou quem me tornei.
lembro-me de não crer que chegaria aqui, que nunca chegaria o momento em que estaria do lado de fora daquela porta
sem ter presente a imagem do Sergiohttp://www.blogger.com/profile/13027882073511248280noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5577499.post-59208911327420637532012-05-14T02:20:00.002+01:002012-05-14T02:20:24.358+01:00Por uma noite.Não sei se foi por uma noite ou por uma vida.
Ainda me ensombra a dúvida sobre o que pairou sobre nós, naquele momento, após todas aquelas horas, a aguardar o beijo que se deu.
Nunca imaginei o depois: nunca pudera imaginar que um sorriso perfeito pudesse esconder a perfidez da tua pele; nunca senti, no meu âmago, que pudesses responder com balas a carícias.
a tua capa negra deixou o teu Sergiohttp://www.blogger.com/profile/13027882073511248280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5577499.post-18957004455061401652012-05-02T04:41:00.000+01:002012-05-02T04:47:59.925+01:00all she knows.
"Não se pode entrar duas vezes no mesmo rio." Heráclito.
Nunca me avisaram que tal não era possível. Sempre julguei que poderia lavar o corpo na mesma água, nas mesmas gotas salgadas e no mesmo local.
e por isso criámos castelos de algodão que se desmoronam com o vento e com os gritos.
gestos rápidos e brutos substituíram os sorrisos. reflexos incontroláveis Sergiohttp://www.blogger.com/profile/13027882073511248280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5577499.post-8154369566753966442011-08-05T01:36:00.000+01:002011-08-05T01:37:46.242+01:00lábios negrostoda a minha pele recorda aquele primeiro momento,aquele primeiro beijo em que diríamos tudo o quepoderíamos dar a conhecer, daí para a frente.tenho bem presentes nos dedos os segundos que antecederam o primeiro toque no cabelo, o primeiro olhartão cheio de desejo e intençãodo concretizar da emoção que criaste.sei as vontades que os nossos peitos escondemde viver uma realidade diferente, de ter oSergiohttp://www.blogger.com/profile/13027882073511248280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5577499.post-75152150050845516932011-07-16T14:38:00.001+01:002011-07-16T14:40:23.791+01:00Terra e sal.é quase impossível explicar-te porque não fiquei no nosso retrato. dizem todos que a vida dá muitas voltas e sei que deixei o teu sorriso para trás.era tudo o que menos queria. aquele sorriso que existia quando me sentias o cheiro. o sorriso que desvelavas quando me olhavas, tão cheia de amor e de sonhos.tenho a perfeita noção do teu rosto enquanto dormias. e sim, vi-te dormir. vi-te fechar os Sergiohttp://www.blogger.com/profile/13027882073511248280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5577499.post-34323786687545819422011-04-12T02:17:00.000+01:002011-04-12T02:19:02.688+01:00O que há a dizer quando queremos parar de sonhar?Nada. Há momentos em que o corpo deixa de imaginar coisas que não poderá ter, a mente deixa de desejar vultos que fogem e que não se sabe onde param.os lábios regressam ao seu sabor salgado e secoe é como se tudo fosse como antes:a casa parece novamente mais vazia e os passos ecoam no soalho gélido. Os olhos percorrem o chão à procura de cartas Sergiohttp://www.blogger.com/profile/13027882073511248280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5577499.post-66483599058789048882010-11-14T02:11:00.003+00:002010-11-14T02:22:20.400+00:00Sóniaagarro a tua mão, como todas as noites. olho o teu rosto na minha mente, recordo cada milímetro, cada aroma, cada toque e quando dou por mim, as minhas mãos desenham no vácuo da casa os teus olhos, com a precisão de um artífice. e assim consigo ver-te outra vez. recordo agora a viagem que me levou a ti. recordo o que encontrei e o que perdi. e sei que consegui.sei, hoje, onde estás. sei novamenteSergiohttp://www.blogger.com/profile/13027882073511248280noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5577499.post-47840465952618809552010-10-10T23:42:00.002+01:002010-10-10T23:57:28.125+01:00tudo isto começa sempre no mesmo sítio: no interior da algibeira.andamos normalmente pelas ruas. uns dias chove, outros dias nem tanto. e o nosso rosto ressente-se disso. mas continuamosaté ao momento em que metemos as mãos aos bolsos, para nos protegermos dos invernos escuros e rugosos:encontramos bilhetes de autocarro ou papéis impressos em máquinas,num determinado momento,em que estávamos Sergiohttp://www.blogger.com/profile/13027882073511248280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5577499.post-64047006436456267672010-10-05T22:59:00.002+01:002010-10-06T17:49:43.755+01:00posso dizer que o meu corpo precisa de um início, que precisa de ser uma pele branca, sem cortes nem cicatrizesmas não as consigo perder, por mais que queira.tenho-as comigo, tenho-as tatuadas na derme e a primeira coisa que vês são as vozes que gritam, assim que te aproximas de mim.e por mais que as tente calar, o meu corpo só obedece a ele próprio e, por tudo isso, nos separamos.mas, mesmo Sergiohttp://www.blogger.com/profile/13027882073511248280noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5577499.post-21910706394596865242010-08-17T23:55:00.002+01:002010-08-17T23:59:39.903+01:00paredes secas.dizemos às pessoas que gostamos, que dói mas passa.ouvi-mo-las chorar perto de nós, aperta-se-nos o peito ao ponto de querermosderrubar as paredes em actos violentos porque aquela criança em delíriolhes irrompe pelo peito frágile o nosso aqui, tão estéril e seco.tentamos reduzir as suas vidas a momentos fugazes,a minutos em que nos amaram e eis que, então, saltamos logo para o finalfast forward Sergiohttp://www.blogger.com/profile/13027882073511248280noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5577499.post-91845798728098468492010-06-07T02:28:00.003+01:002010-06-07T02:41:37.304+01:00partem em busca de paz porque o seu mundo se tornou insalubre.compraram bilhetes e deram o pequeno passo que as levou para longe. não sei qual seria o seu destino, ou sequer se teriam algum.e aí surgiu um fosso na pele que se encheu de palavras vãs. surgiram gritos que não queimaram a distância tão bem como queimam os cigarrosfuma-se para perder os nomes.e trazem uma vida nova nos seios. trazem Sergiohttp://www.blogger.com/profile/13027882073511248280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5577499.post-52729257372309411552010-05-13T03:57:00.002+01:002010-05-13T03:59:59.950+01:00com um olho no que ficou para trás e a vista começa a ficar turva.o corpo começa a notar-se cansado e a voz já não falacomo antesagora cada palavra soa trémula e frágilcomo se a garganta estivesse prestes a ceder.nomes e nomes podem soar mas são apenas nomes ocos.já não há fotografias no telefone quando ele tocaporque deixou de ter músicas que tocar.existe apenas o espaço suficiente para rotinas Sergiohttp://www.blogger.com/profile/13027882073511248280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5577499.post-34631732594939279972010-04-26T01:12:00.005+01:002010-04-26T01:29:57.693+01:00há dias assim.há aqueles dias em que não conseguimos sossegar, onde quer que estejamos. há horas em que fumamos em catadupa mas o peso da pele não passa e ainda grita.tentamos comer sabendo que já não há alimento. iludir o corpo é algo bastante fácil que se consegue com anos e anos de treino.mas mesmo assim o peso no peito não passa. e agora queima.irritamo-nos, sentimos que a face se ruboriza deSergiohttp://www.blogger.com/profile/13027882073511248280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5577499.post-62604523448646611712010-02-02T20:27:00.003+00:002010-02-02T20:37:24.502+00:00pequena.o que dizer da paz que nos visita enquanto dormimos?passam-se anos em que procuramos, sem saber muito bem como, algo que faça a cara esticar-se e sorrir; desvendamos ruas sem olhar as fotografias que tirámos apenas porque já são antigasjá ficaram lá atrás.falamos coisas inúteis e incessantes sabendo que nada de profícuo nos consome: que nada eterno nos enche a carne e a pele.sabemos mas esperamosSergiohttp://www.blogger.com/profile/13027882073511248280noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5577499.post-92015628406906613262010-01-27T23:06:00.002+00:002010-01-27T23:07:53.325+00:00prisioneirotira-me daqui - diz o prisioneiro.sabe que está preso por sua culpa. a liberdade retirada nada mais é que um doce servido tarde demais.ouve as vozes lá fora sabendo que as palavras são imperceptíveis. os visitantes assomam-se aos seus olhos e a febre tolda-lhe a memória:não se recorda dos nomes nem das posições.sabe de cor o cheiro porque é a única coisa que penetra os grilhões e a cárcere que Sergiohttp://www.blogger.com/profile/13027882073511248280noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5577499.post-7150317604059622112009-10-19T15:16:00.003+01:002009-10-19T15:40:38.448+01:00Procuro o meu corpo todos os dias.De manhã, tento erguer a voz de modo a sentir que estou aqui presente mas só surge uma leve rouquidão, quase imperceptível.tento tocar a pele para ter a certeza que estou ali mas não há pele. a cabeça que tentou adormecer numa almofada que não era a minha está por demais cansada e, em último caso, tenta ir buscar memórias para sentir que está viva, mas não Sergiohttp://www.blogger.com/profile/13027882073511248280noreply@blogger.com0