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segunda-feira, maio 14, 2012

Por uma noite.

Não sei se foi por uma noite ou por uma vida.

Ainda me ensombra a dúvida sobre o que pairou sobre nós, naquele momento, após todas aquelas horas, a aguardar o beijo que se deu.

Nunca imaginei o depois: nunca pudera imaginar que um sorriso perfeito pudesse esconder a perfidez da tua pele; nunca senti, no meu âmago, que pudesses responder com balas a carícias.

a tua capa negra deixou o teu cheiro cravado nos meus dedos. e os teus bem presentes na minha pele. de todas as maneiras.

Aquele que fui agradeceu a quem te tornaste pelo café da manhã. Agradeceu pelo bom dia dado devagar, apesar da pressa incessante; agradeço as noites e os dias e a leveza do corpo durante tanto tempo.

Ao princípio, receava ter sido por uma noite. Receava o sonho ao invés da realidade.

E agora que sei quem és, receio passar por tudo de novo. Mas lábios negros ficam para trás e desaparecem nas tatuagens de outrora.

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