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sábado, março 13, 2004

Momento.

Não deixa de ser distante o espaço que temos entre as nossas vozes, por mais que te recorde. E só me lembro que a madrugada nos enche o peito com sons metálicos de outros países para os quais penso em partir. Eis que as mesas se tornam pequenas para tanta memória e os meus pés, ladeados pelas peles gastas e bronzeadas, apenas sabem o caminho para o teu quarto onde, em determinados momentos, me deixei nascer. Não contei todas as velas que apagámos, mas o meu abraço molda-se à medida do teu corpo. E agora que te sei inteira, a minha viagem inicia-se - algures existirá uma casa que se me abrirá e da qual não saberei sair. E construí-la-emos, com o silêncio em torno do quintal que tanto me pediste.

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