falta sempre algo.
começas a noite a trocar insultos e procuras respostas onde os silêncios terminam. antevês a naturalidade das coisas como algo que já não existe
sentes a pele fria
procuras os copos com o mesmo aspecto, enches na mesmíssima medida que no dia anterior, troças novamente do barman de seu ar duvidoso e notas que isso já acontecera antes.
continuas a colocar os pés no mesmo sítio, ligeiramente emparelhados, como se fossem fios de cabelo que te corre pela face.
alguém se sente impotente e sabes que te olhas a ti próprio
apenas para saberes que tentas viver o que já viveste e sentes o espaço em falta.