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sexta-feira, maio 26, 2006

les champs

tinhas olhos que indicavam o norte a seres aéreos e noctívagos. tinha a pele sôfrega, torneando o sal que surge dos olhos em momentos menos próprios. fugia

como uma ave demente

procura flores para pousar os filhos e, de quando em vez, dilacera a sua memória em busca de alimento para dias futuros.

uma bússola que acompanha o corpo na sua viagem é um dos poucos objectos que ainda permanecem, que ainda tem um rosto que se apresenta quando todos os outros city-strangers se esvanecem no silêncio do caos

agora a cidade tem outro nome

e já não há chaminés que gritam o veneno agridoce que as mãos pedem.

algumas horas faltam para que outros dias cheguem e, mesmo olhando as asas que carregam em si sorrisos, a luz é algo leve e

ton corps sérieux arrives.