Pesquisar neste blogue

quinta-feira, setembro 23, 2004

A espera injustificada.



Que dizer das crianças que nos surgem ?

- Dizer que são pedaços de nós, que são as nossas criações, que representam as nossas vontades e desejos e sonhos, que serão o que neste momento não somos; será errado.

- Dizer-te que a tua carne se refaz, renasce, se recria e que nutre por ti palavras que não sabemos sequer pronunciar; saber-te viva através de laços mais estreitos, de epidermes mais firmes será uma das formas de reinventar outros dias. Outros dias onde só estará parte de ti, a tua derivação, a tua presença-tão-forte e apenas meia.

Que dizer das palavras vigorosas que trazem com eles ?

- Apenas ouvi-las bastará para se nos terminar a angústia de novos flagelos e de histórias curiosas. Trarão consigo a certeza de que o mundo lhes será suficiente: o mesmo que trazem em lugar das mãos.

- Estando o louco no meio da vila, tendo certezas como quem tem anos ou na língua apenas as manhãs entrecortadas com a presença dos amigos. Sabem eles o que os espera, deixando as páginas tantas perdidas nas mãos de desconhecidos que não aparecem mais.
Onde os esperar sem ser aqui ?

Corríamos por todo o lado, sem saber que o ponto de partida nos cercava e que a juventude já não nos justifica.