Procuramos o silêncio com toda a força que a religião nos permite. Sentimos o corpo em declínio, sentimos a pele latejar enquanto a tua carne se separa da minha, lentamente
e se perde nas luzes da cidade.
Sentem-se os sorrisos vãos e prematuros. Temos em mãos as palavras que se cravam no corpo como sangue de feridas que teimamos em abrir: passas os teus dedos pelas minhas costas, como lâminas, e abre-las
apenas para que a tua presença se torne óbvia, sólida demais para ignorar.
Há tantos idiomas em que poderia desenhar o teu rosto: delinear os olhos, tornar as faces rosáceas em carne que perdure em caminhos
onde os humanos se negam a ir
torna-se
impossível.
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segunda-feira, julho 17, 2006
terça-feira, julho 04, 2006
Se dissermos:
durante a noite o corpo distende-se em redor de rostos desconhecidos
talvez possamos sentir as mãos que nos percorrem por dentro
- falanges húmidas de amor que se deixou esgotar.
antes que as vozes se tornem recados escritos por todo o lado, torneio o teu rosto e assim se criam
mundos de ausência
que são inexplicáveis: ouves as mãos entrelaçadas ao som da simetria?
aí tens a origem de sons guturais que viajam nos livros carcomidos pelos olhos-de-àgua.
e agora já não há silêncio que disfarce o sabor que deixaste
impresso
na minha juventude.
durante a noite o corpo distende-se em redor de rostos desconhecidos
talvez possamos sentir as mãos que nos percorrem por dentro
- falanges húmidas de amor que se deixou esgotar.
antes que as vozes se tornem recados escritos por todo o lado, torneio o teu rosto e assim se criam
mundos de ausência
que são inexplicáveis: ouves as mãos entrelaçadas ao som da simetria?
aí tens a origem de sons guturais que viajam nos livros carcomidos pelos olhos-de-àgua.
e agora já não há silêncio que disfarce o sabor que deixaste
impresso
na minha juventude.
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