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sexta-feira, outubro 29, 2004

Todos o dizem.

Os reflexos misturam-se com as recordações mais recentes da juventude. Confundimos, por vezes, aquilo que nos separa - o espaço-intangível - com os traços avermelhados das fotografias. De onde sairás está ainda por definir. Apenas os restos de planos, de viagens, de palavras inacabadas e deixadas a meio: tudo isso é o que resta. Existe também um conhecimento por si só suficiente e exacto daquilo que se nos depara nestes dias que virão: vozes inalcançáveis, rostos improváveis: o teu rosto impossível. Essas mesmas horas serão passadas em torno da improbabilidade - tão tua - e da tua volúpia. Restar-nos-á o medo a que o corpo ainda não se habituou. A febre invadir-nos-á de dentro para fora: assumir-nos-á os traços pesados do rosto e da alma. O alimento insalúbre da tua fuga cerca-se de coisas impossíveis: alimentar a ausência a injustificação dos teus passos para longe e tu ainda sem conseguir medir a distância da tua maturidade recém-nascida. - Não há culpa, apenas fomos longe demais.