com um olho no que ficou para trás e a vista começa a
ficar turva.
o corpo começa a notar-se cansado e a voz já não fala
como antes
agora cada palavra soa trémula e frágil
como se a garganta estivesse prestes a ceder.
nomes e nomes podem soar mas são apenas nomes ocos.
já não há fotografias no telefone quando ele toca
porque deixou de ter músicas que tocar.
existe apenas o espaço suficiente para rotinas de substituição
e choros em convulsão.
a pele tatua-se como forma moderna de exteriorizar os gritos do peito
porque os outros mundos estão demasiado longe e ninguém
te procuraria por lá.