mantenho os olhos à margem da carne dos outros. deambulo nos desejos plúmbeos da multidão que circula pelo sangue. vocifero o cansaço dos dias seguidos e imparáveis.
enquanto durmo, gritos guturais sobressaem das mãos e
encontro-te.
Pesquisar neste blogue
quinta-feira, abril 20, 2006
quarta-feira, abril 05, 2006
Que fazes tu quando os fantasmas se assomam à tua pele e a fazem gritar?
andas pela cidade como quem ouve sons inexistentes, à procura de um rosto que se esvaneceu e que deixou nas mãos um sabor acre, um rasto luminoso que não indicia a sua direcção.
vês, sem pressas, as pistas que o corpo foi deixando cair na estrada, nos postes de luz, nas paredes desnudas e rasuradas: tentas ler cartas amarelecidas pelo calor da solidão: respiras rápidamente, deixas partir amigos que vão para outros destinos;
despedes-te deles e nada mais
há.
partilhas o corpo nesse momento. Sentes o suor escorrer pelas malas inacabadas:sentes a boca contorcer com a falta de espaço com a falta em si
e os olhos percorrem-te por dentro,
implodes na tua ânsia de reconhecer quem se foi embora
e que, de quando em vez, manda cumprimentos para logo de seguida
desaparecer
por entre a multidão em silêncio.
andas pela cidade como quem ouve sons inexistentes, à procura de um rosto que se esvaneceu e que deixou nas mãos um sabor acre, um rasto luminoso que não indicia a sua direcção.
vês, sem pressas, as pistas que o corpo foi deixando cair na estrada, nos postes de luz, nas paredes desnudas e rasuradas: tentas ler cartas amarelecidas pelo calor da solidão: respiras rápidamente, deixas partir amigos que vão para outros destinos;
despedes-te deles e nada mais
há.
partilhas o corpo nesse momento. Sentes o suor escorrer pelas malas inacabadas:sentes a boca contorcer com a falta de espaço com a falta em si
e os olhos percorrem-te por dentro,
implodes na tua ânsia de reconhecer quem se foi embora
e que, de quando em vez, manda cumprimentos para logo de seguida
desaparecer
por entre a multidão em silêncio.
sábado, abril 01, 2006
Moradas esquecidas.
Colhem-se distâncias nas raízes do tempo. Ainda tens a imagem do amor tatuada na estrada. Ainda os olhos-rubros procuram, diante dos corpos inanimados, uma palavra de conforto:
igual a tantas outras.
Diante de ti elevam-se as vozes para que te afastes e procures o mundo noutras casas. Essas paredes já não cabem no imenso espaço que os nomes deixam ao perecer.
Regressam os gritos
e eles desaparecem de novo para
moradas esquecidas
que um dia escolheram para viver. E saber o local exacto é uma ciência pura que os olhos tentaram apagar, apenas para que, por entre a penumbra dos rostos que entretanto conheceste, não me vejas passar diante da tua porta
e reconhecer que não estás mais lá.
igual a tantas outras.
Diante de ti elevam-se as vozes para que te afastes e procures o mundo noutras casas. Essas paredes já não cabem no imenso espaço que os nomes deixam ao perecer.
Regressam os gritos
e eles desaparecem de novo para
moradas esquecidas
que um dia escolheram para viver. E saber o local exacto é uma ciência pura que os olhos tentaram apagar, apenas para que, por entre a penumbra dos rostos que entretanto conheceste, não me vejas passar diante da tua porta
e reconhecer que não estás mais lá.
Subscrever:
Mensagens (Atom)