Enquanto a idade não te pesa tens que criar pontes que permitam aos corpos descansarem, abrigados do sol do meio-dia.
Ainda não tremem os soluços que irrompem pelas mãos afora: ainda consegues vislumbrar, ao lusco-fusco, as sombras das vozes que se arrastam, como que embriagadas com amores-fortuitos
encandeadas pelos sonhos de juventude.
Tens a calmia do deserto nas palavras.
Segue para onde as falanges doem;
persegue os nomes ocos que tacteiam as tuas noites;
rompe os meios-passos
É agora que o nosso corpo grita, enquanto jovem, pelas mãos abertas, para
que sosseguem aqueles que de si já não sabem nada
os mesmos que já não se recordam de quando a pele se lhes rompeu
e deixou escapar
um filho .. um medo
a friend without a face
Cria as paredes, desenha os quartos com luz por detrás: entrega-lhes a chave: agradecer-te-ão assim que o medo se esvaneça das suas
faces.