Se dissermos:
durante a noite o corpo distende-se em redor de rostos desconhecidos
talvez possamos sentir as mãos que nos percorrem por dentro
- falanges húmidas de amor que se deixou esgotar.
antes que as vozes se tornem recados escritos por todo o lado, torneio o teu rosto e assim se criam
mundos de ausência
que são inexplicáveis: ouves as mãos entrelaçadas ao som da simetria?
aí tens a origem de sons guturais que viajam nos livros carcomidos pelos olhos-de-àgua.
e agora já não há silêncio que disfarce o sabor que deixaste
impresso
na minha juventude.
Sem comentários:
Enviar um comentário