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segunda-feira, janeiro 03, 2005

O corpo anodizado.

Existem várias presenças a deambular pela sala: vários rostos aos quais divídas serão pagas, dentro em breve, e de onde os amigos surgirão, com as memórias apagadas e dissolutas. Todo o teu corpo se isola na viagem por si mesmo. Todos os teus retratos se diluem sofregamente e a nós resta-nos a tarefa paciente de os observar, de longe, como se fôssemos alguém a quem importasse o futuro. Éramos jovens quando tudo isto surgiu. Hoje há certezas onde antes não havia nada. E de novo as promessas de ajuda e de companhia ao longo da vida. De novo as cartas anónimas a garantir vozes escondidas e que o corpo regurgita. A esta hora que se disfarça de distante já não existe calma. Virão aqueles que se mostram desconhecidos pairar sobre as nossas viagens e tudo aquilo a que nos propuséramos antes já não tem sentido - e estarei aqui se a tua alma precisar de abrigo.



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