Pesquisar neste blogue

segunda-feira, março 13, 2006

Ensangue.

Tens o rosto triste e a pele cheia de pó deixa que as
mãos
apenas sosseguem quando te tocam o rosto.

Por vezes, os olhos cruzam-se nas rugas que as mulheres teimaram em cavar em tudo o que criámos, no tudo que nomeámos

em todos os peitos rasgados como metal.

Olhei para todos os sítios onde estiveste: tive na mão os lençóis que o teu amor deixou húmidos: a saliva coagula por não poder perder nomes onde antes tinha sorrisos.

agora há terra e estradas tortuosas que tapam o teu medo

e te deixam preencher-me a pele.

Sem comentários: