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domingo, dezembro 10, 2006

Viagem.

O corpo recorda os teus caminhos. Os dedos encapelam-se mas, de repente, é como se o mundo tivesse sons virgens, rostos imberbes e dias febris.

Há momentos em que dou por ele à procura do norte, como se fosse um presente dado repentinamente, mesmo sabendo que não estás nesse palácio erigido sob a pele.

ainda existem os teus sorrisos brandos a divagar pelas ruas de carne.

Eis que os hábitos se tornam diários; o nome continua, ininterruptamente, à beira dos lábios mas permanece guardado; o teu segredo persiste naquela varanda onde havia apenas silêncio e onde perguntámos: o que será de nós ?

sabias que um dia haveriamos de voltar, apesar da distância entre cidades já consumidas por alguém sedento de vícios e aquele pequeno espaço, sediado num lago, que paira na réstea de juventude que se gasta durante o sono:

esqueço o teu rosto um pouco a cada dia, mas aquele que brilha.

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