contornas de maneira rude o corpo que se te depara e que te adormece. deixas os sentidos ficarem à flor da pele
bem rente ao coração
e em vez de palavras gritas faces e gestos obscenos que teimaste em esquecer.
olhas as suas fotografias de quando a quando: recordas os cheiros os olhares e a sua cor
tens para ti bem presente o arrepio do precipício que eram as mulheres
e já nem sabes sequer os seus nomes.
perdes o que de ti ganhaste nos últimos anos: estás velho, tens tatuado no corpo olhos sem rasto que te fitam e que te ultrapassam apenas
para te mostrar
o que de bom existia e que deixaste de semear.
Sem comentários:
Enviar um comentário