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segunda-feira, agosto 18, 2003

"You owe us blood"

Não sei por onde começar porque existe muita coisa que poderia dizer, e nada ajuda. Já, um dia destes, o disse e digo-o de novo: tudo isto que hoje se mostra, tudo isto que hoje se sangra, tudo tudo tudo, já eu o vi e já sei por onde vai. E não sei porque razão digo isto logo hoje. Não sei mas digo-o porque já aconteceu e porque tudo aquilo que hoje encontras pelas ruas eu já encontrei. Não, não sou sábio ou experiente ou vivido ou conhecedor: em tudo sou leigo mas, de qualquer forma, digo-te aquilo que sei - poderá ser pouco - ou não. I feel helpless, useless, e não sei porquê. E tu, aí desse lado, que julgas? Sempre tive dúvidas de que a felicidade, essa coisa insana, patética, que todos querem e procuram, me chegasse um dia. Não a procuro, ela decerto me encontra. Se não encontrar, muito bem: eu vivo-me como calha, não te desejo o mesmo. "If you try and fail, then try again, try harder, fail harder, but at least try." De nada me vale dizer-te palavras estranhas ou coisas complexas, fazer-te cortes na pele, agitar-te a máscara ou o corpo - só uma coisa se pode fazer: e essa ainda não a descobri, e por isso continuo a tentar. Ela há-de encontrar-me, nem que seja no alpendre de uma casa que eu próprio não conheça, sentado num baloiço que não sei quem terá montado, a olhar para algo que vem ali, ao longe, por entre as árvores que se agitam ao vento: a confusão toma-nos a mente. Estavas à espera disto por isso.. e sei que, um dia destes, vais olhar para trás, olhar como deve ser, como só nós sabemos olhar, e aí saberás que as estrelas não se apagaram e que tu consegues dormir novamente. *

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