Pressionam-se as mãos, febris
absorvem as ilusões
e procriam-se debaixo do tapete rubro. os olhos são ainda infantis, tornam-se claros
à medida em que o rosto empalidece.
abrimos imensas janelas , os rostos implodem quando a mão sofrêga lhes
toca e diz: 'não mais'.
lá fora há vozes em declínio que procuram abrigo da loucura
mas
a casa é branca quando os anos se apoderam dela.
recordamos truques de magia de quando a idade ainda nos convinha:
tacteávamos
planícies cheias de poeira por onde os nossos corpos se mesclam ainda sem saber para onde ir:
a fuga
no olival que se estendia pelas pálpebras, por onde julgávamos que a doença não alastraria:
o medo-pungente
de que a cura se diluísse na chuva rara e plúmbea.
hope has a strange name now.
as horas-várias estão saturadas. o odor do corpo antecipa os movimentos da alma para que,
longe daqui, possam ouvir tudo aquilo que fazemos
et, peut-être
esperar-nos, sem pressa, ao abrigo do meio-dia, sem tempo para a inocência que trazemos nos bolsos.
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