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sexta-feira, julho 01, 2005

cinderela.

Há traços de pele pelas ruas que escondem em si o cheiro da nascença. Os nosso dedos desenham na penumbra o rosto leve daquele que dorme e que chama para si

a beleza
a inocência.

Anos volvidos, continua com o mesmo rosto de menina que dança. Foge para o quarto onde as pessoas perdem o nome: onde o rosto, são, descansa.

não me vês. estou aqui
por onde quer que vás.


Perdura nos retratos, perdura nas lembranças onde os seus olhos queimaram a epiderme. E hoje é o dia do princípio e a presença do corpo não é mais necessária.

Why do you always come and go and never let me touch you ?



Ainda temos em nós o calor que as badaladas do relógio despertou. ainda as palavras ténues que trocámos, o banco no meio do quarto e o teu coração-desajeitado
que me empurrava para um desejo de criança

que se aninha no colo

e dorme, no amor dos meus lábios.

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