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segunda-feira, julho 18, 2005

Tempo-meio.

Tenho as datas e locais tatuados pelo corpo onde o teu abraço se imiscuiu. a tua sombra percorre os becos
as vozes gritam: a minha temperatura eleva o seu nome e penetra o rosto ausente que escurece.

as distâncias rodeiam os amigos que não acreditam; aqueles que se deixam consumir pelo fogo dos dias: tenho o suor da felicidade a escorrer pelas membranas dóceis do meu sorriso

agitam-se as pálpebras
- há lágrimas que queimam;

relembras o afilhado que ocupa o lado longínquo do teu coração ;
crescemos apenas para que as mães se desassosseguem: para que esqueçam as roupas ociosas que teimam em se deixar ficar no armário,
sem luz
sem espaço . com tempo antigo

de
quando éramos inconsequentes e tínhamos nas mãos o enigma do amor.
retornamos ao corpo ínfimo que sabia que estavas aí.

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