em silêncio
surgem as lágrimas em redor dos sonhos que queimámos nos invernos rigorosos. hoje há pesos que nos puxam as pálpebras e nos fazem fechar os olhos aos rostos de outros, homens que surgiram entretanto e se assomaram à pele.
nunca deixes
caminhamos, a passos largos, para a porta que se nos entreabriu. temos a mesma chave, a mesma fechadura, as mesmas palavras a ecoar como tatuagens céleres e indeléveis.
hoje não
sempre vi quem eras e assim o teu nome ficou gravado na retina dos pássaros. Surgem amigos, mas não como dantes, quando o tempo era fugaz e poucos quilómetros nos separavam do mar.
explodem as ondas
e, como te disse,
nunca deixes.
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