Sei que há momentos em que a voz se deturpa e esconde pelos dedos dentro. É aí que procuramos quem conhecíamos e quem se tornou um estranho antigo
em várias fotografias que temos
e que não vemos mais.
Olhamos em redor e há gritos
onde há sangue há lágrimas e assim conhecemos o mundo.
Para isso servem as palavras que o corpo desconhece e que deita fora. Durante a noite, durante a tarde e as poucas manhãs que vives, tens vozes que recordam
que cortam em finas películas os medos antes perdidos
e que se colam à derme suada com sinais ao fundo das costas.
reconhecemos pequenos traços: o dedo curvado , o olhar plúmbeo , a intensidade sonora do sorriso
e julgas então que conheces a bússola para a felicidade.
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