Não foi de rompante. Não foi sem aviso.
Aos poucos, foste invadindo as paredes e vestindo-as de regresso anunciado.
hoje conheci os filhos dos outros. tive-os no colo, fiz-lhes o cavalinho e gatinhei com eles, devagar. Construimos castelos e falámos em línguas indecifráveis, mas falámos
e julgo que estava com o rosto sereno que sempre conseguiste ver em mim.
Faltam apenas algumas horas para esta cidade se encher de gritos e euforia. E todos esses sons trazem á tona o cheiro dos nossos dias, dos festejos que partilhámos, das vezes em que envolvi o teu corpo no meu abraço para impedir que implodisses no meio de desconhecidos.
E quando o teu rosto sorri na memória, o peito inunda-se de fotografias que perdi ao longo dos anos.
como te disse, conheço os filhos dos outros
mas tu esqueceste o meu.
2 comentários:
:)
Nice text!
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